sexta-feira, março 01, 2013

Terceira intercorrência


No mundo existia pregos e pingos de esperança



Vi tristeza no corpo da calçada
No olhar não tinha mais lágrima
A vida estava seca

...
Ninguém sabe por que ele chora
Alguém sequer lembra dele quando chega
Fica esquecido no meio dos lixos da cidade grande
Ressecou o choro mais uma vez

A nuvem que às vezes cobre o sol que no céu navega
Carrega consigo o tempo que não para de parar
O dia que amanhece às vezes esquece-se de despertar
Porque depois de meia hora chega a pancada pra ferir e deixar marcas

O sono que não existe na noite sofre constrangimentos
Quer deixar de acreditar na esperança
Lembra-se de sonhos de infância
Entra na fantasia telepática

Nem sabe por que olha, ouve, fala e sente
Queria mesmo não notar nada, ser irracional
Animais mesmo não se indignam?
Ou são animais os que destroem o mundo humano?