domingo, fevereiro 24, 2013

Segunda intercorrência



Sabe-se lá o que é liberdade.
Essa coisa só tem nome porque ninguém achou outro código para que ela tivesse lato sensu.

Tentando reduzir o significado da palavra felicidade no dicionário “nosso de cada dia”, pode-se dizer que ela é a impressão de que nada mais se pode fazer. Liberdade também limita. Nem o existencialismo mais chulo reduziria a liberdade como voo. Quando se voa, uma vez se para. Não conheço nenhum pássaro que voe eternamente. Ele já começa parado, então a eternidade só poderia estar presente caso a vida fosse ligada. Mas a impressão que dá é que algo se apaga. Pelo menos agora. Se alguns justificam colocando que isso está guardado, eu respondo que me dá uma surpresa quando percebo que fiz algo que pode dar certo. O sentido da liberdade mesmo é não ter sentido. A liberdade se perde em seu significado. Ela deixa de lado o que produziria sua própria liberdade de existir ou sentir. Isso porque tem vezes que a gente sente sem viver e vive sem sentir. O primeiro caso pode ser considerado como as emoções que transbordam a existência, escapando pela tangente do sentimento. O segundo caso são as anestesias, os sentimentos guardados, que alguns chamam de trauma. Esse ultimo parece ferida mal cicatrizada. Ainda assim eu me permito dizer: “Se existe algo além que explique o que é liberdade, peço a manutenção do segredo em respeito às vidas humanas!” Não é necessário espalhar as verdades para o homem que, em sua forma de organização atual, só reprime. 

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